A Netflix mudou a indústria do entretenimento global há cerca de doze anos com um serviço de streaming de vídeo que tornava os horários de programação de televisão da rede e os tempos de exibição de filmes, mais irrelevantes.
Agora, a Netflix está mirando o último filão do negócio de TV paga: seu conjunto estimado de US$ 153 bilhões de receita global de publicidade.
A empresa e alguns analistas veem seu novo serviço mais barato, apoiado por anúncios, como uma maneira de elevar a receita à medida que os clientes cortam os gastos em meio à situação econômica. À medida que a audiência da TV encolhe, torna-se menos atraente para os anunciantes – e um alvo para a Netflix atingir.
O subchefe executivo da Netflix, Reed Hastings, disse que a percepção surgiu depois de ouvir recentemente o ex CEO da Disney, Bob Iger, que descreve a TV tradicional como “marchando em direção a um precipício”.
Alguns analistas de Wall Street disseram que a versão suportada por anúncios do serviço Netflix pode atrair alguns assinantes existentes sensíveis a preços a mudar para a opção mais barata.
No Brasil
A Netflix já anunciou, na sua plataforma, a oferta de um plano básico com anúncios, a ser lançado em 3 de novembro. O plano deve custar R$ 18,90 por mês. Nos Estados Unidos, por exemplo, o preço será de U$ 6,99 por mês (em torno de R$ 37,00). A empresa comunicou também que os atuais assinantes de outros planos não serão afetados com a mudança.
Atualmente, os planos no Brasil variam de R$ 25,90 a R$ 55,90 por mês.
O novo plano terá uma média de 4 a 5 minutos de anúncios por hora e não haverá a opção de fazer download dos títulos. Os anúncios serão de 15 ou 30 segundos, exibidos antes e durante as séries e os filmes. A qualidade de vídeo será de até 720p/HD, segundo a empresa.