A polícia civil já investiga o caso do bebê encontrado morto dentro de casa no bairro Valparaíso em Blumenau na tarde desta segunda-feira (9). Segundo a investigação, ainda não é possível concluir se houve violência sexual e qual foi a causa da morte da criança.
De acordo com o delegado Christian Siqueira, que ouviu os familiares da criança, para afirmar a causa da morte do bebê ainda é preciso um laudo mais conclusivo.
“Em declarações extraoficiais, pois ainda não estamos com os laudos, o médico legista afirmou que as marcas arroxeadas nas extremidades da criança podem ser inclusive o início de livores cadavéricos, não sendo possível afirmar se houve violência sexual. A causa da morte também depende de exames complementares”, explica o delegado.
Os responsáveis pela criança declararam na delegacia que estavam de férias em casa e que logo após o almoço, a família foi dormir. Quando o pai acordou e tentou tirar a criança da cama, percebeu que ela já estava sem vida, segundo a versão declarada. O casal teria tentado reanimar o bebê colocando-o embaixo do chuveiro. O Samu foi acionado, mas não conseguiu reanimar a criança.
Segundo a polícia civil, não houve prisão em flagrante do casal. Eles foram encaminhados para a delegacia pela PM, onde foram ouvidos e atendidos pela equipe de plantão.
Diante da necessidade de novos indícios comprobatórios, o caso foi encaminhado para delegacia especializada de proteção à mulher, criança, adolescente e idoso – DPCAMI de Blumenau. Todos os laudos já foram solicitados à Polícia Científica, segundo a polícia civil.
PM foi acionada quando houve indícios de estupro
O bebê de um ano de idade foi encontrado morto dentro de casa, na Rua Independência, bairro Valparaíso, em Blumenau. A polícia militar foi acionada por volta das 16h45 desta segunda-feira (9) pelo Samu.
A equipe médica do Samu havia recebido um chamado para prestar atendimento a um bebê supostamente engasgado. Mas quando chegou no local, encontrou a criança fria, sem sinais vitais e cianótica (com a pele já azulada).
O bebê estava sobre uma cama. A equipe médica ainda tentou reanimá-lo, mas sem sucesso. Os profissionais de saúde encontraram indícios de que a criança teria sido vítima de estupro, por isso chamaram a polícia militar ao local, segundo o relatório da própria PM.
Quando a guarnição policial chegou na residência, levantou informações sobre o caso e teria dado voz de prisão ao pai e à mãe da criança. Na casa ainda havia outra criança, de 2 anos, e uma adolescente, de 16 anos, em condições insalubres, segundo os policiais. O conselho tutelar foi acionado para ir ao local atender às duas meninas.
Segundo a PM, o pai, de 25 anos, e a mãe do bebê, de 38 anos, teriam sido presos em flagrante. Na delegacia, a informação é de que, de fato, não houve o flagrante, mas a condução para prestar depoimento.
Nota: após a divulgação do fato pela polícia militar, havíamos divulgado que um dos responsáveis pela criança seria o padrasto, seguindo o relatório da própria PM. Após a polícia civil nos informar que o sobrenome de ambos era o mesmo e de buscarmos informações com vizinhos, foi confirmado de que o homem de 25 anos noticiado trata-se do pai do bebê. O homem seria padrasto apenas da adolescente de 16 anos. Informação corrigida nas publicações às 12h45.
