Um rapaz de 23 anos foi a nova vítima de um golpe que já está ficando muito conhecido pelas redes sociais na internet. É um tipo de golpe onde o estelionatário normalmente se faz passar por uma jovem ou adolescente na rede social e estabelece contato com uma vítima, que mais tarde é acusada de assédio.
O caso ocorrido em Pomerode chegou até a polícia militar nesta segunda-feira (25). A vítima, um jovem de 23 anos, procurou ajuda policial para resolver o pagamento de uma suposta fiança. Quando ele relatou o caso, os policiais já perceberam que se tratava de um estelionato.
O rapaz disse que no sábado (23) recebeu o contato via whatsapp de um homem se passando por delegado de polícia. O código de área era o 51, do Rio grande do Sul.
O golpista enviou uma foto de um documento falso para provar que era delegado naquele estado e cobrou do rapaz um certo valor como fiança por um suposto crime de assédio sexual. O jovem teria feito alguns depósitos para o golpista.
Na segunda-feira (25), um novo contato veio por outro número de celular, também do Rio Grande do Sul. O golpista que se passava por delegado solicitou novos depósitos. O rapaz fez mais quatro transferências de dinheiro ao estelionatário.
A PM de Pomerode então entrou em contato com policiais do Rio Grande do Sul e descobriu que a conta bancária que recebeu os depósitos era de um detento do presídio de Porto Alegre.
Como funciona o golpe
Nesse tipo de golpe que o jovem de Pomerode foi vítima, o estelionatário utiliza um perfil falso, muitas vezes com a fotografia de uma jovem bonita e atraente. Segundo a polícia civil de Santa Catarina, o contato inicial quase sempre ocorre através do facebook onde eles começam uma amizade.
Logo a conversa privada passa para o whatsApp, onde a suposta menina encaminha fotos íntimas suas, podendo ou não pedir para que a vítima faça o mesmo. A partir dai, outro golpista entra em cena: o suposto delegado de polícia, alegando que as fotos e a conversa configuram assédio sexual. Então o golpista solicita depósitos em dinheiro como “fiança” ou para que o “inquérito” seja arquivado.
A vítima, temendo ser presa ou ser exposta nas redes sociais, cede à extorsão e acaba fazendo o depósito dos valores solicitados pelos golpistas. Em outros casos, ao invés de “delegado”, o golpista se passa por “pai” da suposta jovem. Normalmente os estelionatários são presidiários, segundo a polícia civil.