Os servidores públicos municipais de Blumenau decidiram paralisar as atividades no dia 20 de maio. A medida faz parte da mobilização da campanha salarial de 2025 e foi decidida na tarde desta segunda-feira (12) durante reunião entre o sindicato da categoria, o Sintraseb, e os representantes por local de trabalho.
A iniciativa mantém a deliberação ocorrida durante assembleia geral realizada no dia 3 de abril. Naquela ocasião, os servidores definiram o dia 13 de maio como prazo limite para a abertura da negociação coletiva. A partir dessa data, o sindicato estaria autorizado a convocar uma jornada de lutas.
A decisão sobre paralisação acontece mesmo após o governo municipal ter enviado à Câmara de Vereadores um projeto de lei sobre a reposição salarial da categoria. Segundo o Sintraseb, “a paralisação das atividades será um protesto contra a forma como o governo do prefeito Egídio Ferrari vem tratando os servidores”. A entidade diz que até o momento, o governo “não atendeu à solicitação de audiência e reunião de negociação”.
A mobilização na terça-feira, dia 20, acontecerá na praça da prefeitura, com assembleia geral marcada para às 08h30, em primeira chamada, com início às 9h, em segunda chamada.
Categoria quer mais do que o INPC
O prefeito Egidio Ferrari decidiu na última semana encaminhar à Câmara de Vereadores nesta segunda, 12, projeto com revisão salarial aos servidores municipais com percentual de 5,32%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses.
A proposta também reajusta o valor do Auxílio Alimentação com base no mesmo índice, passando de R$ 850 para R$ 895,22. Segundo a prefeitura, até dezembro de 2025, o valor passará a ser de R$ 1.141,56, repercutindo em um ganho real de 27,52%.
Mas o Sintraseb demonstra insatisfação, pois a medida do prefeito ocorreu via ofício, sem negociação com a categoria, explica a entidade. E ainda, a proposta contempla somente a reposição da inflação e o reajuste do auxílio alimentação, considerada “insatisfatória e desrespeitosa” pelos servidores, afirma o Sintraseb.
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