Quinta-feira, Setembro 12, 2024
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Saiba como é a presença dos pré-candidatos à prefeitura de Blumenau nas redes sociais

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Até esta sexta-feira (26) há cinco pré-candidaturas à prefeitura de Blumenau anunciadas pelos partidos políticos do município para as eleições de 2024. As legendas estão em fase final de negociação, mas algumas já confirmaram a chapa completa, na composição de prefeito e vice. O Portal O Auditório realizou, com exclusividade, um levantamento sobre a presença de cada um dos cinco possíveis postulantes nas redes sociais mais conhecidas e utilizadas pelo público.

O levantamento relacionou as mídias sociais Instagram, Facebook, X (antigo Twitter), Tik Tok, Youtube e Threads. Em todas elas foi identificado o número de seguidores que cada pré-candidato(a) possui. Nas duas primeiras, também foram levantados e analisados fatores como número de publicações na última semana e média de comentários nas últimas cinco postagens. O levantamento foi realizado na manhã desta sexta-feira, dia 26 de julho.

Inicialmente, veja os perfis de cada pré-candidato(a), da maneira como eles e elas se apresentam nas redes e o número de seguidores em cada mídia social (em ordem alfabética):

Ana Paula Lima (PT): Deputada Federal por SC. Vice-líder do Governo. Enfermeira e titular da Comissão de Saúde.

  • Instagram: 34.547 seguidores.
  • Facebook: 99 mil seguidores (página).
  • X (antigo Twitter): 7.148 seguidores.
  • TikTok: 2.635 seguidores, 14.800 curtidas.
  • Youtube: 189 inscritos.
  • Threads: 5.741 seguidores.

Egídio Ferrari (PL): Deputado Estadual. Delegado da Polícia Civil/SC. Embaixador do “Cadeia para maus tratos”.

  • Instagram: 57.598 seguidores.
  • Facebook: 13 mil seguidores (página).
  • X (antigo Twitter): 186 seguidores.
  • TikTok: 186 seguidores, 1.216 curtidas.
  • Youtube: 163 inscritos.
  • Threads: 10.300 seguidores.

Odair Tramontin (Novo): Pré-candidato a Prefeito de Blumenau. Promotor durante 35 anos, Especialista em Administração Pública, Professor Universitário.

  • Instagram: 20.794 seguidores.
  • Facebook: 7,5 mil seguidores (página); 4,9 mil (perfil).
  • X (antigo Twitter): 736 seguidores.
  • TikTok: não possui/não localizado.
  • Youtube: 221 inscritos.
  • Threads: não possui/não localizado.

Ricardo Alba (Podemos): Deputado Estadual (ex). Servidor público. Professor universitário.

  • Instagram: 19.598 seguidores.
  • Facebook: 61 mil seguidores (página); 4,9 mil (perfil).
  • X (antigo Twitter): 490 seguidores.
  • TikTok: 306 seguidores, 1.749 curtidas.
  • Youtube: não possui/não localizado.
  • Threads: não possui/não localizado.

Rosane Magaly Martins (Psol): Pré-candidata à prefeita de Blumenau. Advogada de Famílias, Diversidade e DH. Presidenta do Instituto Mães do Amor.

  • Instagram: 5.433 seguidores.
  • Facebook: 1,9 mil seguidores (página);4,9 mil (perfil).
  • X (antigo Twitter): 528 seguidores.
  • TikTok: 84 seguidores, 53 curtidas.
  • Youtube: 29 inscritos.
  • Threads: 636.

O Instagram, sem dúvidas, é a mídia social preferida pela maioria dos cinco pré-candidato(a)s à prefeitura de Blumenau, local onde Egídio Ferrari (PL) leva vantagem no número de seguidores, o que (automaticamente) replica no Threads. Ana Paula Lima (PT) e Ricardo Alba (Podemos), que já são políticos atuantes com mais tempo de estrada, possuem um número maior de seguidores no Facebook, uma mídia que já teve o seu auge, mas ainda movimenta um grande número de usuários.

O X, que envolve grandes militâncias políticas pelo país, parece não estimular muito o uso de quem almeja um lugar no terceiro andar da prefeitura de Blumenau, com exceção de Ana Paula, que possui um número significativo de seguidores nessa rede. Da mesma forma no Tik Tok, xodó da juventude, a petista possui uma quantidade mais relevante de seguidores, enquanto os demais ainda pouco exploram o espaço.

Mas para o professor e doutor em Comunicação e Linguagens, Moisés Béio Cardoso, apenas ter um número alto de seguidores não é garantia de voto. Ele alerta que, em muitos casos, há a possibilidade de existirem seguidores de perfis fakes, de contas abandonadas ou de pessoas que nem votam na região, além dos próprios adversários e equipes que monitoram as atividades da conta.

Para Cardoso, o “que realmente conta é o engajamento da base de seguidores. Isso é identificado nas reações, que vão além da ‘curtida nas postagens’, por isso os comentários são importantes. Quem comenta algo positivo em uma publicação demonstra interesse pelo candidato, porque exige empenho de quem elabora um texto, mesmo que curto, para interagir e se posicionar. Neste sentido, a velocidade de responder às interações faz toda a diferença”.

Para saber como cada pré-candidato ou pré-candidata de Blumenau engaja seus fãs e seguidores, o Portal O Auditório também levantou e analisou as últimas postagens realizadas no Instagram e no Facebook, além de observar se há atividade nas demais mídias. Confira:

No Instagram, Ana Paula Lima realizou 15 postagens no feed na última semana. Considerando somente os últimos 5 posts, ela obteve 322 comentários no total (média de 64,4 por postagem). Na página do Facebook, a movimentação é menor. Foram sete (7) postagens no feed na última semana. São 17 comentários nos últimos 5 posts (média de 3,4 cada). A pré-candidata utiliza stories com frequência nas duas mídias.

Egídio Ferrari tem nove (9) postagens no feed do Instagram na última semana. Foram 845 comentários nos últimos 5 posts (média de 169 cada). Na página do Facebook, foram cinco (5) postagens no feed no mesmo período. Houve 46 comentários nos últimos 5 posts (média de 9,2 cada). Ele utiliza stories com frequência nas duas mídias.

Odair Tramontin fez sete (7) postagens no feed do Instagram na última semana. Teve 109 comentários nos últimos 5 posts (média de 21,8 cada). Na página do Facebook houve duas (2) postagens no feed na última semana. São 19 comentários nos últimos 5 posts (média de 3,8 cada). Também fez três publicações em seu perfil, com média de 3,2 comentários cada. Utiliza stories com frequência apenas no Instagram.

Ricardo Alba realizou seis (6) postagens no feed do Instagram na última semana. Nos últimos 5 posts, obteve 110 comentários no total (média de 22 cada). Na página do Facebook houve duas (2) postagens no feed na última semana. Houve 9 comentários nos últimos 5 posts (média de 1,8 cada). No perfil, foram três postagens, recebendo apenas três comentários no geral. Utiliza stories com frequência apenas no Instagram.

Rosane M. Martins realizou seis (6) postagens no feed do Instagram na última semana. Foram 180 comentários nos últimos 5 posts (média de 36 cada). Na página do Facebook não houve postagens na última semana, somente em seu perfil, com cinco publicações, mas sem gerar comentários. Utiliza stories com frequência.

É nítido que, de um modo geral, há um certo abandono ou desleixo em relação ao Facebook pelos pré-candidatos e pré-candidatas. Enquanto a movimentação é grande pelo Instagram, a mídia originária do grupo Meta parece servir apenas como um repositório de materiais ou duplicação de algumas postagens vindas da rede mais badalada. No X, nenhum deles realizou postagem nesta última semana.

Para o professor Moisés Béio Cardoso, é importante atenção para cada rede social, que tem o seu papel e valor para um perfil de eleitor. No caso do Facebook, há “um eleitor mais conservador, de mais idade, que se sente seguro e confortável em permanecer usando esse ambiente. No Instagram temos um grupo mais denso de pessoas, com faixa de idade mais abrangente, porém é mais difícil de ser escutado num lugar cheio de pessoas”. Cardoso, no entanto, alerta que “o algoritmo também sabota as estratégias porque vai mudando constantemente, o que funcionava antes, pode deixar de ser eficiente depois”.

Ao ser questionado pela nossa reportagem sobre qual mídia social deve ter mais influência no eleitor de Blumenau em 2024, ele afirma que é o conjunto da obra que fará a diferença, pois cada rede social atende a uma faixa etária de público, e atinge diferentes perfis de eleitores. “Por isso existe a necessidade do candidato estar presente em todas elas. Mas atenção, não é replicar o mesmo conteúdo em todas, mas sim, adaptar o conteúdo e sua linguagem para cada ambiente digital”, explica.

No levantamento realizado por nossa reportagem, chama também a atenção o baixíssimo uso do Youtube pelos pré-candidatos e pré-candidatas. Embora se reconheça que essa é uma plataforma de maior uso e influência global do que local, há um espaço praticamente inexplorado, que poderia servir para publicação e compartilhamento de vídeos, especialmente aqueles da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.

A respeito da relação entre as mídias convencionais utilizadas em campanha e as redes sociais, Cardoso avalia que o rádio e a TV oferecem um espaço limitado para as mensagens de uma campanha. Acredita que elas ainda funcionem, mas têm horários restritos de exibição, sem a certeza de que a mensagem foi realmente recebida e entendida pelo eleitor (nessas mídias não há feedback instantâneo). Mesmo assim, o professor orienta que esses espaços não podem ser abandonados porque ainda cumprem um papel na corrida eleitoral. No caso do rádio e TV, os espaços de exibição são gratuitos aos candidatos, que devem arcar somente com os custos de produção.

Como o período das convenções partidárias iniciou no último dia 20 e se estende até dia 5 de agosto, com registro das chapas apenas no dia 15, as candidaturas só serão oficializadas após o dia 16 de agosto. Até lá, a única divulgação que pode ocorrer é como pré-campanha. Não vale pedir voto ainda.

Mesmo assim, de uma forma mais sutil e camuflada, o esquenta de campanha já iniciou há muito tempo para a maioria dos postulantes. Moisés Béio Cardoso afirma que “neste ambiente digital a campanha já começou faz quatro anos. Quem chega antes constrói uma base de seguidores / eleitores mais sólida”. Por outro lado, ele entende que “as mídias sociais sozinhas não elegem ninguém, mas sem as mídias sociais ninguém se elege”. Para Cardoso, “as demais mídias servem mais para propiciar um sentimento de presença eleitoral, de se fazer ser visto pelo eleitor. Mas, estar onipresente e ser visualizado não é garantia de nada, por isso o ambiente digital serve para dialogar e conquistar a base eleitoral com ideias e projetos para o mandato”.

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Arnaldo Zimmermann
Arnaldo Zimmermann é jornalista (Mtb 0005946/SC), com graduação, mestrado e doutorado em Jornalismo. Também possui graduação em Letras e especialização em Administração em Publicidade e Propaganda. É professor universitário desde 2001 e profissional de diversos veículos de comunicação do Vale do Itajaí desde 1985.
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