Quarta-feira, Abril 24, 2024
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
InícioNotíciasSegurançaMãe confessa ter matado a filha de 11 anos em Timbó

Mãe confessa ter matado a filha de 11 anos em Timbó

A polícia investiga agora se houve abuso sexual do padrasto contra a menina

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A polícia civil cumpriu nesta sexta-feira (15) mandados de prisão temporária contra a mãe e o padrasto da menina Luna Nathieli Bonet Gonçalves, de 11 anos, morta em Timbó, na última quinta-feira, dia 14.

A prisão temporária tem prazo de 30 dias. Nesse prazo, a investigação buscará descobrir se houve participação do padrasto na morte da criança. A polícia civil busca também evidenciar se houve ou não o crime de abuso sexual contra a menina.

O padrasto e a mãe foram intimados a depor novamente na delegacia na sexta-feira (15), só que dessa vez acompanhados de advogado. Eles depuseram pela primeira vez na quinta-feira, conduzidas pela polícia.

Segundo o delegado André Beckman, responsável pelas investigações, no novo depoimento, o casal foi esclarecido das contradições apresentadas da primeira vez e das provas que a polícia reuniu. O padrasto ficou em silêncio. A mãe, por sua vez, foi ouvida pela psicóloga policial, sob a coordenação do delegado.

A mãe então confessou ter matado a própria filha com socos e chutes. Ela alegou que o motivo seria que a menina tinha um relacionamento afetivo e que teria se tornado sexualmente ativa. A mulher disse que não aceitou e por isso agrediu a menina como forma de represália.

A partir das novas informações apresentadas pelo médico legista, pela médica do Hospital Oase e pelo perito criminal e aproveitando que os suspeitos ainda estavam na delegacia, a Polícia Civil solicitou as prisões temporárias do casal. Houve rápida análise e concordância do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A morte da menina

Por volta de 0h30 da madrugada da quinta-feira, dia 14, o Corpo de Bombeiros Militar foi até a Rua Cornélios Germer, bairro Imigrantes, em Timbó, para o atendimento da criança que já estava sem sinais vitais. Após encaminhamento ao Hospital Oase, a médica de plantão verificou que a criança apresentava diversas lesões aparentes pelo corpo e ainda um sangramento em sua roupa íntima. Diante da situação suspeita, os profissionais do Hospital acionaram a Polícia Militar, que encaminhou os responsáveis legais da vítima à Delegacia de Indaial.

Em um primeiro momento, o casal havia afirmado que a criança teria caído de uma escada, após tratar seu gato. Eles contaram que a criança ficou consciente e que jantou, tomou banho e foi dormir. Por volta de meia noite, a menina teria passado mal, quando então foi acionado o Corpo de Bombeiros Militar, segundo a primeira versão do casal.

O caso então saiu do plantão policial e foi para a Delegacia de Polícia de Timbó, onde foi aberto inquérito para investigação a fim de definir a causa da morte, quem foi o autor e sua motivação. Também houve o acionamento de perícias sobre a natureza das lesões e causas da morte e a análise do local do fato.

O Delegado André Beckman, em primeiro lugar, procurou acompanhar pessoalmente o exame necroscópico da vítima. O médico legista evidenciou que a vítima tinha diversas lesões e contusões internas no crânio, baço, pulmão, alças intestinais e laceração na vagina, além de ferimentos externos no rosto, braços, pernas e peito.

Além disso, o perito da polícia científica que realizou o exame na casa da família, constatou que havia marcas de sangue próximo ao quarto da criança, no sofá, em uma toalha, uma fronha e uma calça masculina.

A investigação da polícia civil então considerou que a criança estava machucada demais para quem apenas teria caído da escada, conforme a primeira versão apresentada pela mãe e pelo padrasto da vítima. A conclusão veio após as informações do médico legista, da médica do Hospital Oase e do perito criminal.

Outra filha da mulher, de 6 anos, foi encaminhada ao pai biológico. O filho de 9 meses do casal ficou aos cuidados do Conselho Tutelar. A menina morta era de um terceiro pai biológico.

Atualizado às 20h de 16/04.

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
Arnaldo Zimmermann
Arnaldo Zimmermann é jornalista (Mtb 0005946/SC), com graduação, mestrado e doutorado em Jornalismo. Também possui graduação em Letras e especialização em Administração em Publicidade e Propaganda. É professor universitário desde 2001 e profissional de diversos veículos de comunicação do Vale do Itajaí desde 1985.
Mais Notícias desta Categoria
- Publicidade -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Últimas Notícias