A Polícia Civil de Blumenau interrompeu a prática de crimes graves de tortura e cárcere privado contra uma mulher e um bebê de 5 meses de idade. A ação ocorreu no final da tarde desta sexta-feira, dia 18.
Após investigação, os policiais identificaram uma casa em Blumenau em que uma mulher era mantida, por 1 ano, em cárcere privado, por aproximadamente 12 horas por dia.
Segundo a apuração dos agentes, o marido suspeito trancava a esposa em casa com um bebê de 5 meses enquanto estava fora. Nesse período, a vítima não podia sair de casa e era proibida de fazer várias atividades, como se alimentar, brincar com o bebê ou até mesmo assistir televisão.
A vítima era monitorada por câmeras em tempo integral. Caso ela fizesse algo que não era permitido pelo marido, ele ordenava que ela parasse, se comunicando com ela através das câmeras. A mulher não tinha acesso a aparelho celular ou redes sociais.
Segundo a investigação, a vítima somente poderia se alimentar quando o marido retornasse à casa, ao final do dia.
A mulher era obrigada a obedecer ao marido. Ela não denunciou a situação por medo, pois já havia sido agredida várias vezes e estava sendo ameaçada com frequência. Além disso, o homem conseguiu isolar a vítima do convívio social, inclusive com a própria família.
O bebê de 5 meses, com deficiência, era impedido de receber o acompanhamento médico necessário pós-natal, conforme relato da investigação policial. Segundo a apuração, a conduta do marido era movida por ciúme.
O homem foi preso em flagrante pelo delito de cárcere privado. Ele foi indiciado por diversos crimes, como tortura, lesões corporais, violência psicológica e ameaça, entre vários outros que foram praticados contra a mulher e o bebê.
Atualmente o homem está no Presídio de Blumenau. Um pedido de prisão preventiva foi encaminhado pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) para o Poder Judiciário e o Ministério Público.