O prefeito Egídio Ferrari acerta ao decretar o fim do uso de animais, como cavalos, para puxar as carroças e carruagens da Oktoberfest. Além de fazer uma reparação histórica à causa animal, cola a sua prática de gestor ao discurso que lhe rendeu de forma meteórica uma eleição para deputado estadual seguida da vitória como prefeito de Blumenau.
Mas ao estimular o uso de veículos mecânicos no lugar dos cavalos, inicia outro problema, pois aumenta o número de veículos motorizados a combustão nos desfiles da festa. O carro usado na demonstração da medida de bem-estar animal nesta quarta-feira (12) era movido a combustível, segundo confirmaram seus assessores. Isso significa mais CO² poluindo a bela Rua XV de Novembro no mês de outubro, já que veículos movidos à gasolina e diesel costumam desfilar todos os anos sem o menor constrangimento e sem o mesmo apelo popular da causa animal.
Na retirada dos animais, Egídio falou que respeita a história – já que a própria Oktoberfest de Munique nasceu de uma corrida de cavalos – mas que é preciso equilibrar tradição e responsabilidade. Ponto neste quesito. Agora só falta aos organizadores pensarem um meio de incluir carros elétricos ou gerados por combustíveis não poluentes no desfile. Aí é possível que o círculo da responsabilidade esteja completo.
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