O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 80% em Santa Catarina na última década, passando de 1.188 em 2014 para 2.128 em 2024. A maior alta ocorreu a partir de 2021, durante a pandemia de covid-19.
Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Os números mostram que o crescimento no estado foi superior ao nacional, que teve aumento de 52% nos últimos 10 anos, ampliando de 47.846 para 73.160. Os dados se referem aos leitos em geral, contando aqueles do SUS e os pertencentes à rede privada, como Serviço de Saúde Suplementar (SSS).
Em Santa Catarina, atualmente há 1.380 leitos do SUS e 748 particulares. O crescimento no número de leitos do SUS na década foi de 107%. Já na saúde complementar, o aumento registrado foi de 43% no período. Veja o gráfico da evolução dos leitos em SC abaixo:
A densidade de leitos do SUS por 100 mil habitantes no estado atualmente é de 23,28 para pacientes que utilizam o sistema. Quando comparado com os dados da rede privada, o número sobe para 44,49 na relação entre leitos particulares e pacientes que utilizam planos de saúde complementar.
Já a média no Brasil é de 24,87 leitos do SUS para pacientes do sistema e de 69,28 na relação entre leitos e pacientes da saúde complementar, segundo os dados revelados pelo estudo.
Considerando apenas os espaços do SUS, os 1.380 leitos de UTI em Santa Catarina são divididos em 823 adulto; 143 pediátrico; 260 neonatal; 8 queimados; 20 coronariana. Outros leitos de Unidades de Cuidados Intermediários, voltados aos recém-nascidos, representam 126 unidades.