O déficit da prefeitura de Blumenau está estimado em R$ 372 milhões para 2025. Em um orçamento fiscal de R$ 3,7 bilhões, 10% de saldo negativo é um percentual no mínimo preocupante. Por esse motivo, o prefeito Egídio Ferrari (PL) assinou nesta quarta-feira, 29, um decreto para reduzir gastos e buscar o equilíbrio financeiro do município.
O decreto 15.933/2025 já foi publicado no Diário Oficial e estabelece regras para cortar custos e despesas. Um Comitê Gestor do Governo foi formado para controlar os gastos. Ele é formado pelo staff administrativo do executivo: Chefia de Gabinete do Prefeito, Procuradoria Geral do Município, secretarias de Gestão Governamental, Administração, Fazenda e Samae (este que que não está na lista de cortes).
O prefeito já mandou o recado aos seus secretários: “Se nada for feito, teremos um cenário muito preocupante. Por isso, determinei que todas as secretarias revisem todos os contratos em atividade e façam as adequações necessárias para diminuir consideravelmente os gastos”. Além de reduzir gastos, a prefeitura pretende melhorar a arrecadação, negociando dívidas com credores. O decreto não afeta a Furb, o Issblu e o Samae, que possuem autonomia financeira.
Na visão do cidadão comum, o governo atual representa claramente a continuidade do projeto político da gestão anterior. No entanto, por mais que o partido seja o mesmo, o apoio tenha ocorrido de forma integral e muitos dos comissionados sejam os mesmos dos últimos anos, sabe-se que na transição das gestões nem tudo é revelado. E muitas surpresas vão surgindo a conta-gotas. O cidadão desejou e espera poucas surpresas.
Confira algumas medidas anunciadas pelo prefeito:
– Renegociação das condições de preços nos contratos firmados, mediante acordo entre as partes;
– Redução de aditivos em contratos, convênios, ajustes, acordos administrativos que representem aumento no valor;
– Reavaliação das licitações em curso que ainda não tenha sido homologadas, bem como aquelas ainda a serem instauradas;
– Análise de novos convênios e outros instrumentos parecidos que impliquem em novas despesas para o município;
– Análise e revisão sobre gastos com pessoal, sobretudo hora extra, extensões de jornada de trabalho e preenchimento de cargos;
– Reavaliação de espaços físicos locados, visando à redução de despesas;
– Identificação e busca por novas fontes de receita;
– Análise de gastos com material de consumo, de expediente, informática, de manutenção e conservação, de telefone, energia elétrica, água, impressões e cópias;
– Análise sobre gastos com utilização de veículos oficiais, combustíveis, diárias e passagens aéreas.