Sexta-feira, Abril 26, 2024
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Aposentadorias: STF aprova revisão de toda vida

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Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (01) reconhecer a chamada revisão de toda vida de aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A decisão atinge aposentados que entraram na Justiça para pedir o recálculo do benefício com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida. 

Segundo entidades que atuam na área de direito previdenciário, a decisão atinge quem passou a receber o benefício entre novembro de 1999 e 12 de novembro de 2019 e possui contribuições anteriores a julho de 1994.

Na decisão, o STF reconheceu que o beneficiário pode optar pelo critério de cálculo que renda o maior valor mensal, cabendo ao aposentado avaliar se o cálculo de toda vida pode aumentar ou não o benefício. 

Segundo o entendimento, a regra de transição que excluía as contribuições antecedentes a julho de 1994, quando o Plano Real foi implementado, pode ser afastada caso seja desvantajosa ao segurado.

Entenda 

O processo julgado pelo STF trata de um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que garantiu a um segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) a possibilidade de revisão do benefício com base nas contribuições sobre o período anterior ao ano de 1994. 

Durante a tramitação do processo, associações que defendem os aposentados pediram que as contribuições previdenciárias realizadas antes de julho de 1994 sejam consideradas no cálculo dos benefícios. Essas contribuições pararam de ser consideradas em decorrência da Reforma da Previdência de 1999, cujas regras de transição excluíam da conta os pagamentos antes do Plano Real. 

Segundo as entidades, segurados do INSS tiveram redução do benefício em função da desconsideração dessas contribuições. 

Responsável pela gestão do órgão, o governo federal sustentou no STF que a mudança agrava a situação fiscal do país, com impactos previstos de até R$ 46 bilhões aos cofres públicos pelos próximos 10 a 15 anos. 

Em fevereiro deste ano, o plenário virtual do STF já tinha formado maioria de 6 votos a 5 a favor da revisão da vida toda. Em seguida, um pedido de destaque do ministro Nunes Marques suspendeu o julgamento virtual e a questão foi remetida ao plenário físico para julgamento nesta quinta-feira. 

Vale a pena?

Especialistas explicam que pedir a revisão é uma opção que só compensará a quem recebia salários mais altos antes de 1994, porque aumentará o valor final da aposentadoria.

Mas para quem recebia valores menores antes de 1994, a ação não vale a pena, porque a aposentadoria recebida atualmente é maior do que com o cálculo dos valores mais antigos.

Deve entrar com ação

A revisão e a restituição dos valores antigos não é automática para os aposentados, mesmo com a aprovação final dada pelo STF. Só terá direito a ela quem têm ação na Justiça pedindo a mudança do cálculo.

Mas quem ainda não ajuizou, ainda pode entrar na Justiça fazendo o pedido, caso se encaixe nos critérios da lei, mesmo com o julgamento do STF já concluído.

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Redação
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