Projeto de lei (PL 1.615/2022) que tramita no senado propõe regularizar o serviço de entregas de mercadorias e transporte individual ou compartilhado privado feito por aplicativos. As regras e medidas têm objetivo de profissionalizar o trabalho, gerar mais segurança econômica e social aos trabalhadores, e exigir uma gestão mais transparente. O projeto é de autoria do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).
As regras propostas no PL são contribuição das empresas para Previdência Social (virá da taxa limitada de desconto sobre o apurado que é 25% em cima dos ganhos do serviço); sindicatos, associações e cooperativas, organizadas em âmbito municipal, que defendem os direitos desses trabalhadores; cadastro das empresas no Ministério do Trabalho com apresentação de relatórios da situação empresarial; canais de atendimento e suporte; e equipamentos de segurança para o exercício do trabalhador.
Contribuição
A proposta explica sobre a dificuldade de inserção dos motoristas na Previdência Social, o que os leva a se registrar como MEI, porém para o microempreendedor é preciso nota fiscal. Sendo assim, o projeto de lei propõe que sejam recolhidos 3% sobre os valores recebidos, para o financiamento dos benefícios dos empregados (título de contribuição).
Os trabalhadores também terão o registro simplificado pelo INSS, com número próprio, contabilizando os recolhimentos de contribuição sendo considerado comprovação de renda.
Sindicatos e taxas-limite
Outra ação que acarreta mudanças no serviço, é o direito de associação, sindicalização e cooperativismo, organizados preferencialmente em âmbito municipal. Quanto às empresas de plataformas digitais, para que tenham liberdade de operação, deverão estar inscritas no Ministério do Trabalho e Previdência, além de possuir endereço conhecido, representante legal, capital social ou garantias bancárias compatíveis com a movimentação financeira e os riscos envolvidos.
Também é proposto um limite de 25%, para as taxas e comissões das empresas em cima do valor cobrado dos consumidores, (deduzidos 3% para a Previdência).
Transparência e segurança
A proposta sugere relatórios mensais e individuais aos prestadores de serviço contendo prestação de gastos e contas, números de telefone para sugestões, reclamações e emergências de segurança ou saúde. Também deverá ser oferecido equipamentos de segurança individual e pagamento de seguro contra acidentes pessoais, coletivos ou individuais. Haverá punição à empresa dentro de plataforma digital, caso descumpra as regras.
O projeto de lei ainda aguarda designação de relator.