Terça-feira, Abril 23, 2024
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Taxa Selic deve aumentar para 11,75% até amanhã

Copom inicia segunda reunião do ano em meio a receios sobre guerra

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Sob receio dos impactos da guerra no Leste europeu sobre a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (15) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (2), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá tirar o pé do acelerador, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar de 10,75% para 11,75% ao ano, com alta de 1 ponto percentual. Nas últimas três reuniões, o órgão elevou a taxa em 1,5 ponto a cada encontro.

Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que reduziriam o ritmo de alta da Selic porque as elevações mais recentes ainda estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia passou a influenciar a inflação brasileira, por meio do aumento recente dos combustíveis.

A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,65% para 6,45% em 2022, apenas por causa da alta dos combustíveis. As próximas projeções podem subir ainda mais, caso os aumentos se disseminem para outros produtos, como alimentos e fertilizantes.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

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Redação
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