Adolescentes que criaram páginas nas redes sociais da internet com ameaças de atentado contra uma escola de Rodeio foram identificados e apreendidos nesta segunda-feira, 3 de abril. A ação foi da polícia civil da comarca de Ascurra, com apoio do CyberGaeco do Ministério Público.
Durante a manhã, a polícia civil realizou diversas diligências e localizou dois adolescentes responsáveis pela criação de páginas na rede social instagram com os nomes “pretendomatarvcs” e “pretendofazerkill”. Eles foram conduzidos à delegacia.
As páginas continham informações de que atentados seriam praticados na escola básica Santo Antônio, na cidade de Rodeio. O fato havia gerado pânico e terror na cidade na semana passada, segundo os investigadores. A polícia civil, com o suporte do CyberGaeco, conseguiu identificar com precisão os dados utilizados para criar as contas com conteúdo ameaçador e localizar os adolescentes proprietários dos dispositivos utilizados para a criação das páginas.
O primeiro adolescente foi encontrado no bairro São Pedro Velho e o segundo no bairro Rio Belo. Ambos são alunos da escola básica Santo Antônio.
Os aparelhos celulares dos adolescentes investigados foram apreendidos e serão remetidos ao Instituto Geral de Perícias (IGP), após a autorização judicial, para fins de confecção de laudo pericial, com a finalidade de dar continuidade as investigações.
Ainda na última sexta-feira, dia 31, foi localizado e conduzido à delegacia o adolescente investigado por ter levado à escola munições e mostrado para os demais alunos. Segundo o adolescente, as munições teriam sido descartadas no vaso sanitário da escola. Nenhuma arma de fogo foi localizada, segundo a polícia civil.
De acordo com a investigação, a criação das páginas nas redes sociais e as ameaças escritas nelas tinha o único intuito de provocar o pânico e o medo nos alunos da escola e à comunidade em geral, sem necessariamente haver um plano para a execução de algum atentado real.
Dentro do prazo previsto em lei, o resultado das investigações será remetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para fins de aplicação das medidas cabíveis, segundo a polícia civil.