O presidente do Samae de Blumenau atribuiu a elevada turbidez da água do Rio Itajaí-açú como uma das causas para a recente falta de água em bairros do município. A explicação de Michael Raul Schneider foi dada na tribuna da Câmara Municipal durante sessão realizada na manhã desta quinta-feira (2).
Segundo o presidente da autarquia, a Estação de Tratamento de Água (ETA 2) registrou sete eventos de turbidez no período de 5 de dezembro do ano passado a 23 de fevereiro deste ano. A estação é responsável por 70% da captação, tratamento e distribuição da água em Blumenau.
“A ETA 2 chegou ao nível de 3 mil de turbidez, enquanto em períodos de normalidade o nível fica entre 100 a 150”, disse Schneider. Ele apontou que a turbidez nada mais é do que sujeira e lodo, que contaminam a água na captação, e que nesta ocasião não se tratam de chuvas que ocorreram no município, mas sim em cidades do Vale e Alto Vale do Itajaí, o que acabou prejudicando a captação em Blumenau.
O dirigente do Samae compareceu à Câmara de Vereadores de Blumenau após convocação dos vereadores, por meio do Requerimento Nº 92/2023, para prestar esclarecimentos acerca da recorrente falha no abastecimento de água no município e dar explicações quanto à eficiência das caixas-d’água e ampliações das tubulações de abastecimento. O requerimento é de autoria do vereador Carlos Wagner – Alemão (União Brasil).
Schneider salientou que a licitação para uma nova estrutura de captação, atrás do Samae, e que será paga com recursos financiados pelo Fonplata, será feita até o mês de abril. De acordo com ele, a obra com investimento previsto de cerca de R$ 45 milhões deve ajudar na questão da turbidez da água, pois terá mais de um nível de captação. No entanto, disse que a obra pode demorar mais de um ano para ficar pronta, e que por isso o Samae está promovendo outras melhorias a médio prazo.
Os vereadores Professor Gilson (Patriotas), Diego Nasato (Novo), Emmanuel Tuca (Novo), Adriano Pereira (PT), Carlos Wagner – Alemão (União), Silmara Miguel (PSD), Cristiane Loureiro (Podemos) e o presidente do legislativo Almir Vieira (PP) fizeram vários questionamentos e comentários acerca do problema durante a sessão.