Quarta-feira, Julho 9, 2025
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Saiba quais alimentos de origem vegetal no país têm mais resíduos de agrotóxicos

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Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que 25% dos alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil têm resíduos de agrotóxicos acima do permitido ou sem autorização. “A inconformidade é um sinal de erros no processo produtivo e na adoção de boas práticas agrícolas”, destacou a agência.  

Do total de 1.772 amostras analisadas e coletadas em supermercados de todo o país, 41,1% não tinham resíduos e, em 33,9% delas, estes estavam dentro do limite permitido. As amostras são coletadas  semanalmente pela vigilância sanitária dos estados e municípios. Cada amostra é cadastrada em um sistema de gerenciamento antes do envio. 

Os resultados do ciclo 2022 do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos mostram que 67% das amostras puderam ser rastreadas até o distribuidor e 23%, até o produtor rural. Segundo a Anvisa, as amostras são analisadas em laboratórios especializados por meio de métodos científicos reconhecidos internacionalmente. 

Ainda de acordo com a pesquisa, três amostras apresentaram risco agudo para o consumidor de danos à saúde pelo consumo de uma grande porção do alimento em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia de consumo.

Quanto ao risco crônico, nenhum dos agrotóxicos pesquisados apresentou exposição pelo consumo de alimentos maior que a ingestão diária aceitável.

Alimentos com mais resíduos de agrotóxicos entre os produtos monitorados:

Maracujá: 148 amostras, sendo 45 satisfatórias*.

Pimentão: 142 amostras, sendo 43 satisfatórias.

Morango: 84 amostras, sendo 26 satisfatórias.

Repolho: 144, amostras, sendo 93 satisfatórias.

Laranja: 156 amostras, sendo 122 satisfatórias.

Brócolis: 107 amostras, sendo 77 satisfatórias.

Quiabo: 125 amostras, sendo 98 satisfatórias.

Alimentos com menos resíduos de agrotóxicos entre os produtos monitorados:

Café: 158 amostras, sendo 156 satisfatórias.

Amendoim: 101, amostras, sendo 99 satisfatórias.

Feijão: 150 amostras, sendo 144 satisfatórias.

Farinha de mandioca: 151 amostras, sendo 145 satisfatórias.

Farinha de trigo: 152 amostras, sendo 140 satisfatórias.

Batata: 154 amostras, sendo 139 satisfatórias.

*Foram considerados satisfatórios pela pesquisa, as amostras de alimentos abaixo do Limite Máximo de Resíduos (LMR), que é de 25%.

Veja o documento completo aqui.

Ciclo 2018-2019

A Anvisa apresentou ainda os resultados do ciclo 2018-2019 do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. Das 3.296 amostras analisadas, 33,2% não tinham resíduos; 41,2% tinham resíduos dentro do limite permitido e 25,6% tinham inconformidades. Dezoito amostras apresentaram risco agudo ao consumidor, 66% puderam ser rastreadas até o distribuidor e 28%, até o produtor rural.

Laranja

Um dos destaques citados pela agência no histórico do programa é a redução do risco agudo na laranja. No ciclo de 2013/2015, 12,1% das amostras analisadas tinham potencial de risco agudo. Já no ciclo de 2018/2019, o número caiu para 3% e, nas amostras de 2022, ficou em 0,6%. 

“Um dos principais motivos dessa evolução foi a proibição do uso de carbofurano no processo de reavaliação e a exclusão do uso de carbossulfano na cultura de citros [plantas cítricas]”, destacou a Anvisa, que restringiu outras substâncias, como a metidationa e o formetanato.

Para esses agrotóxicos, também houve a exclusão de autorização do uso em alimentos como laranja, uva e morango.

Entenda

Nos últimos dez anos, os dados da pesquisa têm sido usados para orientar a reavaliação de agrotóxicos no Brasil. O programa também permitiu a elaboração da norma conjunta da Anvisa e do Ministério da Agricultura e Pecuária para a rastreabilidade de alimentos. 

“Os resultados orientam ainda a possibilidade de restrições de determinados agrotóxicos para culturas específicas, como o carbossulfano, a metidationa e o formetanato, que tiveram restrições para algumas lavouras”, conclui a Anvisa.

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Redação
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