Uma das três prioridades em termos de logística para o governo e a comitiva catarinense que está nos Estados Unidos nesta semana é o Plano Ferroviário para o estado. As obras em ferrovias são consideradas estratégicas para o grupo liderado pelo governador Jorginho Melo, que se reuniu com a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial especializado em estruturar concessões e parcerias público-privadas.
Dois corredores concentram os esforços atuais do Plano Ferroviário: o ramal de 319 km entre Chapecó e Correia Pinto, cujo contrato de projeto se estende até final de 2025, e a chamada Ferrovia dos Portos, de 62 km entre Araquari e Navegantes, com projeto programado para 2025. A soma dos investimentos previstos ultrapassa R$ 12 bilhões (cerca de US$ 2,3 bilhões), dos quais US$ 2 bilhões referem-se apenas ao trecho Chapecó–Correia Pinto.

Na tentativa de dar segurança jurídica às concessões futuras, o Governo abriu em fevereiro uma consulta pública sobre a Lei Estadual de Ferrovias, última etapa antes do envio do texto à Assembleia Legislativa. A proposta concede ao Estado autonomia para licitar trechos ferroviários e permitir a delegação de ramais federais que estão no fim de concessão. A sociedade teve 30 dias para sugerir ajustes.