Sexta-feira, Junho 27, 2025
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Blumenau teve aumento de 1.150% no número de julgamentos de feminicídio

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O Poder Judiciário registrou aumento de 1.150% nos julgamentos de casos de feminicídio em Blumenau no período de quatro anos. O crescimento está muito acima da média nacional, que ficou em 225% no mesmo período. Já em Santa Catarina, o crescimento foi de 160%. Os dados foram disponibilizados nesta terça-feira (11) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Conforme o levantamento, o crescimento apresentou a seguinte evolução de processos julgados na Comarca de Blumenau: 2020 (2); 2021 (5); 2022 (6); 2023 (12); 2024 (25). Em 2025 já houve um caso de feminicídio julgado na Comarca.

O tempo médio do primeiro julgamento de casos de feminicídio em Blumenau foi de 214 dias em 2024, contra 234 dias em 2020. Em nível nacional, o tempo médio do início desses julgamentos foi de 307 dias no ano passado. O CNJ considera o prazo que corresponde entre a data do início da ação judicial até a realização do primeiro julgamento.

Medidas Protetivas

O número de Medidas Protetivas concedidas pelo Poder Judiciário em Blumenau também aumentou no mesmo período. Foram 1.171 concedidas em 2024 e 131 denegadas. O número de solicitações concedidas chega a 90%. Outras 83 medidas foram revogadas no ano, chegando a 1.385 que tramitaram na Comarca. Veja o gráfico abaixo, com os dados totais ano a ano.

Quantidade de Medidas Protetivas que tramitaram na Comarca de Blumenau. Fonte: CNJ

O tempo médio de análise da Medida Protetiva pelo Judiciário em Blumenau passou de dois dias, em 2021, para 11 dias, no ano passado.

Lei do Feminicídio

No último domingo (9), a Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência. Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação.

Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A pena, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos. 

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Arnaldo Zimmermann
Arnaldo Zimmermann é jornalista (Mtb 0005946/SC), com graduação, mestrado e doutorado em Jornalismo. Também possui graduação em Letras e especialização em Administração em Publicidade e Propaganda. É professor universitário desde 2001 e profissional de diversos veículos de comunicação do Vale do Itajaí desde 1985.
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