Representantes do ramo de limpa fossa em Blumenau ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores, na tarde desta terça-feira (8), em uma manifestação silenciosa contra o monopólio previsto no quinto aditivo do contrato de esgoto, que já está em vigor. O documento determina que apenas a BRK Ambiental possa executar o serviço no município, o que pode provocar um desequilíbrio financeiro e até o fechamento das seis empresas que hoje operam na cidade.
Durante a sessão, vereadores manifestaram apoio ao setor e afirmaram que o tema será debatido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Esgoto, que está em andamento na Casa Legislativa. A expectativa é que o assunto seja aprofundado nas próximas reuniões da comissão.
As empresas não possuem uma associação, mas estão unidas na luta para garantir a livre concorrência no mercado. Afinal: são empresários, que pagam seus impostos, geram empregos e serão prejudicados com a nova determinação.
“O monopólio é uma forma de crime. A exclusividade da BRK impactaria negativamente tanto nas empresas locais, quanto aos cidadãos, que perderiam o direito de escolher o prestador e seriam obrigados a pagar pelo serviço na conta de água”, explicou o empresário Gilvan Aparecido Augusto Pinto”.
A medida, de acordo com os envolvidos, pode levar ao fechamento de empresas e desemprego na cidade. O grupo buscou apoio na Câmara de Vereadores e está consultando advogados para avaliar ações legais contra o contrato. Eles também têm usado as redes sociais para divulgar o problema à população e planejam novos passos em conjunto.
Moradores deverão contratar serviço todo ano
A arquiteta Larissa Schwanke é moradora de Blumenau e foi até a Câmara apoiar a manifestação da categoria. Para ela, trata-se de uma imposição injusta. “Eu acho isso um absurdo porque eu moro numa casa onde a gente não enche a fossa uma vez por ano. A gente não precisa limpar a fossa uma vez por ano. Então agora estão impondo a gente a gastar uma coisa que não é necessária. É mais um gasto dentro do nosso orçamento”.
A moradora defende o direito de escolher a empresa prestadora do serviço, inclusive podendo fazer orçamentos e optar pelo menor preço. Ela destacou que não concorda com a obrigação de contratar a BRK, empresa indicada pelo município.