Moradores de Blumenau gastam uma média mensal de R$ 1.126,56, por moradia, em alimentos e bebidas em supermercados e comércios do gênero. Os dados foram extraídos de uma pesquisa realizada com uma amostra de 800 pessoas pelo Observatório do Sebrae, em janeiro deste ano, mas somente disponibilizada nesta semana.
O mercado desse tipo de compra é estimado em R$ 154,6 milhões no município, segundo o levantamento. Entre os consumidores blumenauenses, 85,6% costumam comprar alimentos e bebidas em supermercados, mas 63,7% também frequentam atacarejos. Já 35% possuem o hábito de fazer suas compras em minimercados de bairro. A frequência de consumo em atacarejos (70%) e estabelecimentos menores de bairro (40%) é mais alta entre a classe C da economia.
Frequência de consumo
A maior parte (65%) dos moradores de Blumenau costuma fazer suas compras de alimentos e bebidas em todas as semanas, sendo que destes, 28% compram uma vez por semana, 21,9% até duas vezes na semana, e 16,3% compram todos os dias. Já 20,5% da população só vai às compras a cada 15 dias e 13,3% optam apenas pelo rancho mensal. 0,9% declarou à pesquisa nunca fazer compras.
O levantamento revela que, quanto mais alta a classe socioeconômica, maior é a frequência de idas aos supermercados. 71% das classes A/B compram semanalmente ou em vários dias da semana, enquanto 22,2% das classes D/E compram uma vez por mês.
Supermercados longe de alguns bairros
O estudo do Sebrae também levantou algumas oportunidades e demandas da população de Blumenau. Entre elas, foi perguntado “o que está faltando no comércio do seu bairro”.
A região do Badenfurt foi a que mais destacou a carência de supermercados ou de supermercados maiores mais próximos de casa (15,3%). Nas regiões do Centro (13,6%), Garcia (9,8%), Fortaleza (9,5%) e Velha (7,8%), a demanda também foi detectada. As regiões da cidade que menos demonstraram sofrer demanda por esse tipo de estabelecimento foram Itoupavas (2,9%) e Água Verde (4,4%).

A pesquisa
A pesquisa foi realizada com 800 moradores de idade acima de 16 anos e tem margem de erro que varia de 3,5% a 4%. Além do ramo de alimentos e bebidas em supermercados, o estudo também pesquisou outros itens, como refeições fora de casa, serviços, vestuário, higiene, lazer, saúde, hábitos de compras e outros.
O levantamento completo reúne informações estratégicas sobre a relação das famílias com as finanças e o que elas buscam quando compram no comércio local. O objetivo principal, segundo Roberto Philippi Fullgraf, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae/SC, é “fornecer dados confiáveis para fortalecer a cultura de tomadas de decisões entre os empreendedores catarinenses”.
Para Cláudio Ferreira, coordenador do Observatório de Negócios do Sebrae/SC., “com esse arsenal de informações, os empreendedores – do micro aos grandes – têm melhores condições de avaliar cenários para definir estratégias de investimento, seja no próprio negócio ou em potenciais novos negócios, com maiores condições de ter iniciativas bem-sucedidas”.