Quinta-feira, Julho 10, 2025
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Blumenau teve 5 casos de febre maculosa neste ano; Veja como evitar a doença

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Blumenau já registrou 5 casos de febre maculosa em 2023, entre os 18 ocorridos em Santa Catarina. Tanto no município como em todo o estado, os quadros dos pacientes foram de menor gravidade, não resultando em mortes.

Após a morte recente de quatro pessoas pela febre em de São Paulo, a atenção para os riscos da doença chegou também ao nosso estado. A febre maculosa é uma doença transmitida pela picada do carrapato infectado com a bactéria do gênero Rickettsia. A transmissão acontece quando o animal infectado fica aderido ao corpo da pessoa ou também pela penetração das bactérias em lesões de pele, através do esmagamento do carrapato.

Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), duas espécies da bactéria estão associadas aos quadros clínicos da doença:

– Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste;

-Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

Santa Catarina registrou 41 casos de febre maculosa em 2022. Em 2023, já são 18 casos confirmados até o momento nos seguintes municípios:

  • 5 em Blumenau
  • 2 em Jaraguá do Sul
  • 1 em Benedito Novo
  • 1 em Rio dos Cedros
  • 1 em Grão Pará
  • 1 em Corupá
  • 1 em Canelinha
  • 1 em Joinville
  • 1 em São Bento do Sul
  • 1 em Urussanga
  • 1 em Luiz Alves
  • 1 em Massaranduba
  • 1 em Orleans.

A doença e os riscos

A doença da febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas pela picada do carrapato. Para prevenção, deve-se evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.

Segundo a DIVE/SC, caso visite regiões com maior risco, deve-se:

– Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro;

– Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;

– Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta;

– Usar repelentes de insetos;

– Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;

– Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça;

– Não apertar ou esmagar o carrapato, mas puxar com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água;

– Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, colocar todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.

Sintomas

Os sintomas da febre maculosa são:

– Febre;

– Cefaleia;

– Mialgia intensa;

– Mal-estar generalizado;

– Náuseas e vômitos;

– Exantema máculo-papular (acometendo principalmente região palmar e plantar);

– Linfadenopatia;

– Escara de inoculação (lesão no local onde o carrapato ficou aderido).

“Os sintomas podem aparecer entre o segundo e o 14º dia de exposição. É sempre importante procurar por atendimento médico ao apresentar sinais e sintomas. O médico vai fazer a avaliação, investigando se a pessoa mora e/ou esteve em local de mata, floresta, fazendas, trilhas ecológicas e se ela pode ter sido picada por um carrapato. Além disso, são realizados exames para confirmar o diagnóstico”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (DIVE/SC).

A doença é tratada com um antibiótico específico, receitado pelo médico, após a verificação de que o paciente está contaminado. Mas atenção, não deve haver auto medicação.

Os casos no Brasil: foram 2.059 casos de febre maculosa no país de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O período de maior transmissão da doença é entre os meses de junho e novembro.

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Arnaldo Zimmermann
Arnaldo Zimmermann é jornalista (Mtb 0005946/SC), com graduação, mestrado e doutorado em Jornalismo. Também possui graduação em Letras e especialização em Administração em Publicidade e Propaganda. É professor universitário desde 2001 e profissional de diversos veículos de comunicação do Vale do Itajaí desde 1985.
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