Silvio Berlusconi, o magnata bilionário das mídias e ex-primeiro-ministro italiano que transformou a política do país com políticas polarizadoras e muitas vezes alarmou os seus aliados com as suas declarações descaradas, morreu nesta segunda-feira (12) aos 86 anos. Berlusconi, o primeiro-ministro mais longevo da Itália, sofria de leucemia e recentemente desenvolveu uma infecção pulmonar.
Ele morreu no hospital San Raffaele, em Milão, onde estava desde sexta-feira. Quatro de seus cinco filhos e seu irmão Paolo estavam ao seu lado pouco antes de sua morte ser anunciada. O partido Força Itália, de Berlusconi, faz parte da coalizão de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni e, embora ele próprio não tenha tido um papel no governo, sua morte deve desestabilizar a política italiana nos próximos meses, segundo informação da agência de notícias Reuters. Sua morte foi lamentada por aliados e rivais.
Depois de construir um império televisivo na década de 1980, Berlusconi se lançou na política em 1994 e se tornou quase imediatamente primeiro-ministro. Ele ocupou o cargo quatro vezes – 1994-5, 2001-5, 2005-6 e 2008-11 – apesar de vários escândalos legais.
Ele deixou o cargo de primeiro-ministro pela última vez em 2011. Ele foi condenado por fraude fiscal em 2013, levando a uma proibição de cinco anos de exercer cargos públicos. Mesmo assim, voltou à linha de frente da política e venceu a eleição para o Parlamento Europeu em 2019 e para o senado italiano em 2022.