A Tesla, empresa de Elon Musk no Texas, agora tem planos ambiciosos para implantar milhares de robôs humanóides, conhecidos como Tesla Bot ou Optimus, dentro de suas fábricas, expandindo-se eventualmente para milhões em todo o mundo, de acordo com informações divulgadas pela agência Reuters.
A longo prazo, Musk disse que os robôs poderiam ser usados nas casas, fazendo jantar, cortando a grama e cuidando dos idosos, e até mesmo se tornando um “amigo” ou um “parceiro sexual”.
O negócio de robôs eventualmente pode valer mais do que a receita de carros da Tesla, de acordo com Musk, que agora está divulgando uma visão para a empresa que vai muito além de fabricar veículos elétricos autônomos.
Em seu “Dia de IA” em 30 de setembro, Musk disse que a Tesla revelará um protótipo de seu projeto Optimus, uma alusão ao poderoso e benevolente líder dos Autobots na série Transformers. A produção pode começar no próximo ano, disse ele.
Mas a Tesla enfrenta o ceticismo de que pode mostrar avanços tecnológicos que justificariam as despesas com robôs de “propósito geral” em fábricas, casas e em outros lugares, de acordo com especialistas em robótica, investidores e analistas entrevistados pela agência de notícias Reuters.
Robôs humanoides já estão em desenvolvimento há várias décadas pela Honda e Hyundai, mas da mesma forma que ocorre com carros autônomos, os robôs têm problemas com situações imprevisíveis.
“Carros autônomos não foram realmente provados serem tão fáceis como qualquer um pensava. E é a mesma coisa com robôs humanoides até certo ponto”, disse à Reuters o líder da equipe de robótica da NASA, Shaun Azimi. “Se algo inesperado acontecer, é muito difícil ser flexível para esse tipo de mudança”.
Por enquanto, os robôs de Musk podem ser capazes de demonstrar capacidades básicas, mas ainda distantes de impressionar as expectativas do público, dizem especialistas.
Nancy Cooke, professora de engenharia de sistemas humanos na Universidade Estadual do Arizona, diz que “se ele (Musk) só faz o robô andar por aí, ou se ele faz os robôs dançarem, isso já foi feito. Isso não é tão impressionante”.
