Blumenau, Pomerode e Indaial, no Médio Vale do Itajaí, estão entre os municípios com as menores taxas de analfabetismo do Brasil. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira (17), os dados do Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo.
Os números de 2022 mostram que a taxa de alfabetização no Brasil chegou a 93%, contra os 90,4% no Censo de 2010. Isso significa que em todo o país são 151,5 milhões dos 163 milhões de moradores com 15 anos ou mais de idade que sabiam ler e escrever um bilhete simples. Outros 11,4 milhões não sabiam em 2022.
Dos municípios brasileiros com as menores taxas de analfabetismo, o destaque é para São João do Oeste, em Santa Catarina, com apenas 0,9%, o menor índice do país. Entre as cidades catarinenses, Rio Fortuna também integra a lista das 5 menores taxas entre os municípios com menos de 10 mil habitantes.
Já entre os municípios com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, Pomerode é a terceira colocada nacional no ranking de alfabetização, com apenas 1,4% da população considerada analfabeta. Nos municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes, há três catarinenses no top 5: São Bento do Sul, com 1,7%, Itapema, com 1,9%, e Indaial, com apenas 2% dos moradores sem alfabetização.
Blumenau faz parte do topo da lista dos municípios com população entre 100 mil e 500 mil habitantes com melhor alfabetização. A cidade tem apenas 1,4% de taxa de analfabetismo, índice próximo a outras catarinenses, como Balneário Camboriú (1,2%) e Jaraguá do Sul (1,4%).
Considerando os municípios com mais de 500 mil habitantes, Florianópolis (1,4%) e Joinville (1,6%) também estão no topo do ranking nacional.
Santa Catarina tem os melhores índices
Entre as unidades da federação, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3% (ou 2,7% de analfabetismo), e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Veja o gráfico:
O tema é investigado desde o primeiro Censo do país em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada. Veja no gráfico abaixo como ocorreu a evolução da alfabetização no Brasil nas últimas décadas: